14 de novembro de 2008

RdP

Ultimamente não tenho tido tempo nem para respirar quanto mais para actualizar o blog. E o facto de aqueles meninos, que já não fazem nada durante o ano todo, estarem de férias de não fazerem nada, também ajuda. Não há grandes novidades. A não ser as notícias de alguns pilotos de motos andarem a brincar com carros e outros dos carros acharem que sabem correr com motos. Mas como os protagonistas dessas aventuras não são bem vindos a este blog, nem sequer vou falar nisso…
Vou antes falar de outra coisa, neste caso, de uma pessoa, bem mais interessante. Já aqui falei do meu ídolo das corridas de motos, o Sete Gibernau, mas ainda não disse nada do “meu” (quem me dera a mim) outro menino, o Randy de Puniet. E se há espaço para um (e não há mais nada de jeito para dizer) também há espaço para o outro.

A 14 de Fevereiro de 1981 nascia em Maison-Laffitte, França, Randy de Puniet. Baptizado Randy em homenagem ao ídolo do pai, o grande piloto Randy Mamola, o pequeno De Puniet dificilmente podia escapar ao vírus das motos. Sendo o seu pai um ex-piloto, não é de admirar que Randy tenha recebido a sua primeira moto com apenas três anos de idade. Os primeiros anos foram passados aos comandos da sua PW 50 e alguns anos mais tarde, fez a sua estreia no motocross.
Depois de uma breve pausa passada a conduzir scooters, dedicou-se às pistas participando no Campeoanto de França de 125 c.c.. Ganhou o título nacional em 1997 e 1998. Também em 1998, disputou o seu primeiro GP no Mundial, no circuito de Le Mans. O seu desempenho permitiu-lhe, no ano seguinte, obter um lugar na equipa Scrab GP. Entrou na classe 125 c.c. em 1999, depois de ter ganho o título nacional (em França) no ano anterior. Em 2001, passou para a classe seguinte, conduzindo uma Aprilia 250 c.c.. No ano seguinte levou a sua Aprilia ao pódio por duas vezes, impressionando o construtor italiano. De Puniet consegue um lugar oficial em 2003 e não desiludiu as expectativas, conseguindo a sua primeira vitória na Catalunha, repetindo o feito em Brno e em Valência. Estes resultados, e uma boa performance, fizeram do francês um dos principais candidatos ao título de 2004. Esse ano foi, de longe, a sua melhor temporada. Foi terceiro em 250 c.c. na classificação final com oito pódios. Em 2005, toda a gente estava à espera de uma boa prestação por parte do piloto francês, mas acabou por decepcionar, mostrando-se muito irregular não sendo capaz de ameaçar o espanhol Dani Pedrosa. A sua última temporada em 250 c.c. ficou marcada por apenas uma vitória e um pódio.
Em 2006 Randy de Puniet fez o seu debute em MotoGP com a Kawasaki pilotando uma das Ninja ZX-RR. Teve uma estreia difícil, terminando apenas uma vez durante toda a temporada no top 10 no Grande Prémio de Portugal. No ano seguinte esteve melhor, conseguindo o seu primeiro pódio no Japão fechando a temporada em 11.º lugar. Durante o Inverno de 2007 assinou contrato com a equipa italiana de Lucio Cecchinello, a Honda LCR. A sua atitude de dar sempre o máximo (win or crash) fez com que acabasse a temporada de 2008, o mesmo ano em que comemora 10 anos de grandes prémios, em 15.º lugar e em 2.º na tabela dos pilotos com mais quedas das três categorias. Para a temporada de 2009, Lucio Cecchinello vai continuar a apostar no piloto francês, assim como os fabricantes de carenagens e de todas as outras peças necessárias para a composição de uma moto. Pode até ser o piloto que mais vezes cai, mas é também, com toda certeza, o que tem o peito mais bonito…















4 de novembro de 2008

SBK Portimão

Uma estreia e uma despedida. Foi o que marcou o passado fim-de-semana no que foi a última prova do Mundial de Superbike. A estreia do Autódromo Internacional do Algarve e a despedida do campeão do mundo da categoria, Troy Bayliss. No que diz respeito às provas, Bayliss fez uma dobradinha em Superbike, acabando assim da melhor maneira a sua carreira; a categoria de Supersport, onde correm os portugueses Miguel Praia, Tiago Dias e Hélder Silva, também já foi ao Algarve com um campeão encontrado, Andrew Pitt. Mas quem venceu a prova foi o piloto da Ten Kate, Kenan Sofuoglu. Miguel Praia acabou em 12.º, Tiago Dias em 25.º e Hélder Silva ficou logo a seguir. A categoria de Superstock 600, onde estão os portugueses Sérgio Batista e André Carvalho, também já tinha um vencedor, o francês Loris Baz. Quem ganhou a corrida de domingo foi o piloto da Yamaha, Gino Rea. O português André Carvalho terminou em 17.º e Sérgio Batista foi desclassificado por não ter feito a passagem pelo pit lane depois de uma falsa partida. Em Superstock 1000, a única prova onde ainda faltava encontrar um campeão, e onde eram quatro os pilotos com condições de ganhar o título, a taça acabou por ir para o piloto da Ducati, Brendan Roberts.
http://www.worldsbk.com/pubb_EN/index.php

Isto é tudo o que posso dizer sobre os resultados e sobre o campeonato de Superbike, e é melhor não me esticar muito mais para não me estender ao comprido. É que de Superbike não percebo muito, pelo menos até agora. Esta ida a Portimão, entre outras coisas, serviu para ficar a conhecer, perceber e a gostar mais desta prova. Quanto a mim, adorei a oportunidade que tive de poder assistir a estas provas na primeira fila e de ver de perto toda a azáfama que envolve as corridas de motos.
E podia ter sido um fim-de-semana perfeito não tivesse tido um encontro imediato do terceiro grau com o senhor Michael Schumacher, como se não bastasse ter de andar a esbarrar a toda a hora com o “fronha” do simpático do Max Biaggi, ainda tinha que me cruzar com a aventesma (para quem não sabe um dos significados de aventesma é: aparição sobrenatural e terrificante), ora nem mais, do Schumi. Bom, mas adiante. Em relação ao circuito do Autódromo Internacional do Algarve, pelo que pude observar e pelos comentários que fui ouvindo durante todo o fim-de-semana, é um circuito fantástico e pensado ao pormenor. Tem uma pista que pode ter até 64 versões diferentes de traçado e que está perfeitamente apto para receber as provas dos campeonatos mundiais de automobilismo e motociclismo, ao mais alto nível de competição. As diferentes combinações de traçado permitirão aos utilizadores escolher entre as versões e desafiadoras e as versões sinuosas e mais técnicas. O circuito terá também um sistema de simulação de chuva, através de uma rede de rega do asfalto, controlada automaticamente por um avançado sistema de software, que permitirá variar o caudal de água a injectar na pista. A lotação do circuito é de 100 mil lugares, sendo 15 mil na bancada principal e os restantes nas diversas bancadas e zonas de peões localizadas em torno da pista. Para a “construção” da pista foi aproveitado o relevo do terreno, o que permite que por exemplo a meio da recta da meta não se veja a primeira curva e que o circuito tenha pendentes máximas de 12% a descer e 6,2% a subir. E podia estar aqui a debitar caracteres sobre todas as características deste circuito, mas ainda tenho que dar espaço para pôr umas fotos. Por isso, aqui fica o link com todas as particularidades desta pista.
http://www.autodromodoalgarve.com/pt/circuito.html

Por todas estas características e por ser um autódromo do melhor que há a todos os níveis até me admira que tenha sido feito em Portugal, mas bem vistas as coisas foi construído por particulares e não pelo estado, deve ser por isso. Muitos parabéns Sr. Paulo Pinheiro.